quinta-feira, 17 de abril de 2008

fala, Herman

Alguém amou e, amando, encontrou-se.
Quantos não há, porém, que amam para se perderem.
Que seria da razão e do bom senso,
se não houvesse a loucura?
Que seria do prazer dos sentidos,
se por trás dele não estivesse a morte?
Que seria do amor
sem o eterno e mortal antagonismo dos sexos?
Amor não deve pedir,
nem tampouco exigir.
Ele haverá de ter a força
de chegar por si mesmo à certeza
e ao invés de atrair,
passa a ser atraído.

Herman Hesse - o cara é bom mesmo. E ainda, também dele, para pensar e parar de exigir do outro o que deve existir, primeiro, dentro de nós:

“Nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria alma. Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo.”

Li e fiquei pensando se já fui a responsável por dar a "chave" a alguém. Cada pessoa que passa pela nossa vida deixa algo, mas trazer a oportunidade, o impulso para ir além, este é um papel intransferível. E reservado para pessoas muito, mas muito especiais.

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