segunda-feira, 8 de novembro de 2010

tãão simples...

"Felicidade depende basicamente de duas coisas: sorte e escolhas bem feitas.
Tem que ter a sorte de nascer numa família bacana, sorte de ter pais que incentivem a leitura e o esporte, sorte de eles poderem pagar os estudos pra você, sorte por ter saúde. Até aí, conta-se com a providência divina. O resto não é mais da conta do destino: depende das suas escolhas.
Os amigos que você faz, se optou por ser honesto ou ser malandro, se valoriza mais a grana do que a sua paz de espírito, se costuma correr atrás ou desistir dos seus projetos, se nas suas relações afetivas você prioriza a beleza ou as afinidades, se reconhece os momentos de dividir e de silenciar, se sabe a hora de trocar de emprego, se sai do país ou fica, se perdoa seu pai ou preserva a mágoa pro resto da vida, esse tipo de coisa.
A gente é a soma das nossas decisões, todo mundo sabe. Tem gente que é infeliz porque tem um câncer. E outros são infelizes porque cultivam uma preguiça existencial. Os que têm câncer não têm sorte. Mas os outros, sim, têm a sorte de optar. E estes só continuam infelizes se assim escolherem."

Martha Medeiros

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

quem sabe, um dia...

Um domingo, duas gatinhas - fábula do amor e seu duplo
Xico Sá

minhas duas gatinhas voltaram no mesmo dia; a que não era gente ficou, juízo não tinha. As duas, porém, me fizeram felizes do mesmo jeito; cada uma me fez bater de um lado do peito. Uma me deixou nervoso; a outra me fez mais calmo. Quando a primeira saiu, não enxerguei a outra a um palmo. Precavido, porém, tranquei uma delas em casa; perder tem limite, corto-lhe as asas. Mas a história foi bem bonita: quando descobri uma das meninas, amor à primeira vista, ela me trouxe a felina, que no futuro ajudaria a diminuir a sua própria falta.

Depois de tudo, uma coisa é certa: preciso mesmo de um bicho. Francisco, Bethânia, Dolores, Teresa ou Dionísio? Pensando ainda... rs