segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

bonito isso

SÓTÃO

Por interstícios das malas abertas de quando éramos
crianças gritam as bocas sem nenhum eco
das bonecas. Criaturas fictícias, escalpelizadas
e sem tintas, de ventre oco. Mas o mortal
lugar do coração está ainda a palpitar.
O bojo do peito de celulóide, como o meu,
pede-nos perdão pela saudade que nos devora.

Fiama Hasse Pais Brandão, poeta portuguesa

Um comentário:

Anônimo disse...

Atualizei o meu blog, tudo bem querida. Li seus recados, anotei seus números, aguardo brechas no meu humos para lhe telefonar. Um beijo grande.
Macabéa