domingo, 10 de fevereiro de 2008

uma tarde no museu

"Uso as palavras intuitivas sem repelir as lógicas. As cotidianas sem repudiar as raras. As populares sem deformar as eruditas, as sensíveis sem repelir de todo as abstratas."

Gilberto Freyre

Visitei hoje a exposição feita sobre ele no Museu da Língua Portuguesa (em cartaz na Estação da Luz, em SP). Mesmo quem conhece muito pouco da obra dele (meu caso) sai apaixonado, tamanho o cuidado com a apresentação da sua vida e sua obra, feita como se estivéssemos numa típica casa brasileira. Você abre uma geladeira e encontra um quadro (ele também pintava); na gaveta vê documentos e cartas e, no forno de microondas, frases de autoria dele. Parabéns à curadoria do Museu. Para quem aprecia a cultura e a história do Brasil, eis um programinha obrigatório.

Depois de Guimarães Rosa, Clarice Lispector e agora Gilberto Freyre, quem será o próximo homenageado do Museu? Algumas sugestões:

1. Carlos Drummond;
2. Fernando Pessoa (e os heterônimos todos);
3. Um especial com alguns escritores e poetas africanos seria bem interessante;
4. Cecília Meirelles;
5. Hilda Hilst;
6. Manoel de Barros;

A lista vai longe, claro. Agora imagina que legal pensar a exposição, selecionar os trabalhos mais importantes, as frases que vão ilustrar as paredes... ahh, eu quero um trabalho desses!

O site não ajuda muito, está desatualizado e cheio de problemas, mas em todo caso: http://www.estacaodaluz.org.br/

Um comentário:

Juliana Ricci disse...

"Bahia de Todos os Santos (e de quase todos os pecados)
casas trepadas umas por cima das outras
casas, sobrados, igrejas, como gente se espremendo pra sair num retrato de revista ou jornal"

gente inteligente é outra coisa!