"Não pense que eu ando atrás só de belas coisas simples. Eu quero qualquer coisa, desconexa, contraditória, insegura, não tem importância, desde que seja sua. As definições redondas e grandiloqüentes, as coisas categóricas e acabadas não me satisfazem, porque eu não sou assim", escreveu Maury Gurgel Valente para Clarice Lispector. Este blog traz excertos do cotidiano, poesias, devaneios sobre relacionamentos, cinema, literatura, música... Belas coisas simples, como eu, você e a vida.
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Canção da Alma Caiada
Aprendi desde criança
Que é melhor me calar
E dançar conforme a dança
Do que jamais ousar
Mas às vezes pressinto
Que não me enquadro na lei:
Minto sobre o que sinto
E esqueço tudo o que sei.
Só comigo ouso lutar,
Sem me poder vencer:
Tento afogar no mar
O fogo em que quero arder.
De dia caio minh'alma
Só à noite caio em mim
por isso me falta calma
e vivo inquieto assim.
(Antonio Cícero)
Nota: Esta é a primeira letra que Marina musicou, feita por Cícero nos USA, "Canção da Alma Caiada". Maria Bethania chegou a gravar a música em 77, mas foi censurada. Anos depois, Zizi Possi fez nova gravação. Embora Marina já tenha cantado essa canção em shows, nunca gravou-a em disco.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário