terça-feira, 13 de dezembro de 2011

(sem título)

O prêmio literário da Fundação Biblioteca Nacional foi para um ilustre desconhecido: Daniel Lima, de 95 anos, de Pernambuco. Viva! :-)

Abaixo, um poema dele:

(sem título)

Nada será jogado no vazio.
Nem mesmo o vazio da vida, porque é vida.
Nem mesmo o gesto inútil, pois-que é gesto.
Nem mesmo o que não chegou a realizar-se, pois-que é possível.
Nem mesmo ainda o que jamais se realizará, porque é promessa.
E o próprio impossível é vontade absurda de existir. E nisso existe.

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