Achei bonito:
"(...) O amor - fora do alcance da razão.
(...) A vida - fora o que não coube.
(...) O amor - fora de si.
(...) A vida - fora de ordem.
(...) O amor - do lado de fora
(...) O amor - fora o perigo duma recaída.
(...) A vida - for o que der e vier.
(...) O amor - fora o que passou despercebido.
(...) A vida - fora o que a gente esqueceu
A morte - fora de cogitação.
O amor - fora o que nunca se diz a ninguém.
(...) O amor - fora as noites passadas em claro.
(...) O amor - fora o trabalho que dá.
(...) A vida - fora os erros de revisão.
(...) A vida - fora certas crises de neurastenia.
(...) O amor - fora o que ela/ele não disse.
(...) A vida - fora o que vem nas entrelinhas.
O amor - fora o que se perdeu.
A vida - fora o tempo que se passa dormindo.
O amor - fora o tempo que se passa dormindo.
(...) A vida - fora os emolumentos.
O amor - fora algum reajuste posterior.
(...) O amor - nove foras nada.
(...) O amor - fora o que aconteceu antes."
(Paulo Mendes Campos in: O amor acaba - crônicas líricas e existenciais. Crônica: A vida, a morte, o amor, o dinheiro. Ed. Civilização Brasileira, p. 237-238)
Fonte: Blog Vem Cá Luísa
"Não pense que eu ando atrás só de belas coisas simples. Eu quero qualquer coisa, desconexa, contraditória, insegura, não tem importância, desde que seja sua. As definições redondas e grandiloqüentes, as coisas categóricas e acabadas não me satisfazem, porque eu não sou assim", escreveu Maury Gurgel Valente para Clarice Lispector. Este blog traz excertos do cotidiano, poesias, devaneios sobre relacionamentos, cinema, literatura, música... Belas coisas simples, como eu, você e a vida.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário