"Não pense que eu ando atrás só de belas coisas simples. Eu quero qualquer coisa, desconexa, contraditória, insegura, não tem importância, desde que seja sua. As definições redondas e grandiloqüentes, as coisas categóricas e acabadas não me satisfazem, porque eu não sou assim", escreveu Maury Gurgel Valente para Clarice Lispector. Este blog traz excertos do cotidiano, poesias, devaneios sobre relacionamentos, cinema, literatura, música... Belas coisas simples, como eu, você e a vida.
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Amor inventado
que foi que me fez inventar o amor
e imaginar-te objecto de beijos?
um passo ao acaso, terá sido?
ou o peito exibido entre ombros?
um arco de olho, um desamparo?
um abandono ao verso medonho?
um gesto de nuvem na curva do dia?
que sei eu, que queres que te diga?
eu já só domino o foro do sonho
tu estás muito longe e eu deste lado
bebeste do lago a maior poesia
e eu do poema o amor inventado.
Poesia publicada por João Miguel Henriques em seu blog, Quartos Escuros
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