sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

e se...?

E se eu deixasse acontecer? Simples, gostoso, diariamente? Teria sido diferente se eu não tivesse apertado a tecla PAUSE naquele momento? Haveria uma continuidade, ou a novela da vida real (digna de Almódovar, vamos combinar) se consumiria e terminaria de qualquer forma? Há quem diga que sim, pela forma abrupta e visceral que começou, o único caminho possível seria o fim. Prematuro e indesejado, mas o fim. Mas há também os mais otimistas, que haviam previsto um final pra lá de feliz, beirando o sublime, repleto de coisas boas, com as pedras que existem em todas as trajetórias e mais algumas que acabamos carregando por bobeira mesmo. Às vezes me pergunto até que ponto e porque saboto a mim mesma e as minhas relações. Que necessidade idiota é essa de terminar relações antes mesmo que elas cresçam e possam mostrar a que vieram? Estou tentando entender o que se passa dentro de mim. Pode ser o medo da intimidade, de ser amada, de ser feliz. Pode ser. O medo é cruel e paralisa. Deve haver alguma estatística feita por estudiosos britânicos que diz que 35% da população mundial termina relacionamentos por medos infantis e desnecessários. Sei que preciso mudar e parar de agir assim. Deus, o universo ou seja lá o que for tem sido generoso e colocado pessoas muito especiais no meu caminho. A dúvida é: até quando? Será que um dia até Ele vai se cansar e dizer: Ok Camila, sua cota acabou. Fica pra próxima. Próxima vida. :-(

4 comentários:

Juliana Ricci disse...

refletir é o primeiro passo. e o segundo tbm, e o terceiro. right way!

Anônimo disse...

esse texto me lembrou o filme amores possíveis. a partir de um desencontro a autora criou três possibilidades de histórias. todos interessantes, todas normais, nenhuma melhor ou pior. todas especiais, acho que a vida é assim. fazemos escolhas, mas isso não significa que tudo será péssimo ou maravilhoso. são escolhas. beijos, pedrita

Maria Lúcia de Almeida disse...

Ei, Camila!
Passando por seu cantinho para lhe desejar um 2009 repleto de felicidades!
E lembre-se : "Para tudo tem o seu tempo e para cada coisa seu momento debaixo dos céus."
Seu grande e definitivo amor há de chegar.
grande beijo
da Maria Lucia

Maviane Motta disse...

Freud ao refletir sobre o propósito da vida, ele chegou à conclusão de que o objetivo da civilização não é a felicidade, mas é a renúncia a ela, será que isso é realmente verdade???... lendo o seu texto me vi em várias linhas, tb tenho a impressão de que fujo da felicidade às vezes, tenho medo de relacionamentos, às vezes tenho medo da vida...
bjus p vc!