segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

caminhos...

Faz tempo estou pra escrever aqui, mas as últimas semanas foram repletas de acontecimentos - começou com a minha carteira -com todos os cartões e documentos- que foi parar em mãos erradas no metrô, continuou com as atribulações de um grande evento na quinta (que foi um sucesso, vamos combinar) e culminou com dias mega tensos e intensos, em todos os sentidos que se pode imaginar, do mais sublime e onírico ao mais pesado e difícil. Cansei de tentar achar explicação e espero que o tempo traga -senão todas, pelo menos algumas- respostas.

Por ora, trago apenas belas palavras e o desejo de que as coisas se acertem e os sorrisos retornem em breve. E que eu possa ter certeza dos caminhos que percorro e das pessoas que levo comigo nesta trajetória.

Três caminhos

Percorri tantos caminhos,
tantos caminhos andei.
O primeiro era de nácar,
de rosa pura o segundo.
O terceiro era de nuvem,
no terceiro te encontrei.
O primeiro já trazia
teu nome brilhando no ar.
Não era nome de terra:
cantava coisas do mar.
Logo senti que o segundo
já era estrada de encantar.
Mas o terceiro, o terceiro
quantas voltas não foi dar!
Deixou meu corpo na terra,
meu coração no alto-mar.
Virou vento, virou bruma,
perdeu-se, rápido, no ar.

Emílio Moura
In:"Itinerário poético"

Como já sentenciou o mestre Guimarães Rosa: "Riobaldo, a colheita é comum, mas o capinar é sozinho..."

2 comentários:

Felicidade Clandestina disse...

linda poesia do Emílio!

adorei este post ...

e as palavras do mestre Guimarães.

Portuga Jr. disse...

adorei o JGR,,, tb,,,,

vamos combinar... foi show!

lindo, lindo...