Fragmentos de Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, livro que amo e que será a próxima leitura desta que vos fala:
"O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem. O que Deus quer é ver a gente aprendendo a ser capaz de ficar alegre a mais, no meio da alegria, e inda mais alegre no meio da tristeza! Só assim de repente, na horinha em que se quer, de propósito - por coragem. Será? Era o que eu às vezes achava. Ao clarear do dia."
"...existe uma receita, a norma de um caminho certo, estreito, de cada pessoa viver - e essa planta cada um tem - mas a gente mesmo, no comum não sabe encontrar; como é que sozinho, por si, alguém ia poder encontrar e saber? Mas esse norteado tem. Tem que ter. Se não a vida de todos fica sendo sempre o confuso dessa doidera que é."
"Na própria precisão com que outras passagens lembradas se oferecem, de entre impressões confusas, talvez se agite a maligna astúcia da porção escura de nós mesmos, que tenta incompreensivelmente enganar-nos, ou, pelo menos, retardar que perscutemos qualquer verdade".
"O senhor... Mire e veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando. Afinam e desafinam. Verdade maior."
Filme: O Livro Secreto. Direção: Vlado Cvetanovski. França/ Macedônia, 2006.
"Não pense que eu ando atrás só de belas coisas simples. Eu quero qualquer coisa, desconexa, contraditória, insegura, não tem importância, desde que seja sua. As definições redondas e grandiloqüentes, as coisas categóricas e acabadas não me satisfazem, porque eu não sou assim", escreveu Maury Gurgel Valente para Clarice Lispector. Este blog traz excertos do cotidiano, poesias, devaneios sobre relacionamentos, cinema, literatura, música... Belas coisas simples, como eu, você e a vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário