Em ano olímpico, quem ganhará a medalha de Áries?
06/04/2008
Por Luciana Martins
Em 21 de março, com a entrada do Sol no signo de Áries, iniciou-se um novo ano astrológico. Segundo a astrologia, cada novo ano que começa em março é regido por um dos planetas, e este ano estará sob a regência do planeta Marte (que também é o regente do signo de Áries).
Marte, o planeta vermelho, recebeu o nome do deus da guerra, e é associado à energia, à força, às guerras, ação, agressividade. É também associado à coragem, à iniciativa e vitórias. Por ser o regente do signo de Áries, empresta a ele essas mesmas qualidades e características, e, por reger o ano de 2008, provavelmente fará com que este não seja um ano muito tranqüilo. Os anos regidos por Marte são agitados, cheios de conflitos, competições e costumam ser também marcados pelo surgimento de novas lideranças, com novos projetos e muitas mudanças.
Áries, regido por Marte, nos ensina a ter coragem. Os arianos sabem que, para realizar qualquer conquista, é preciso correr riscos, ousar, tomar a iniciativa, batalhar pelo que se deseja, sem delegar a tarefa a outras pessoas. Os arianos nos ensinam a ir à luta, já que o destino não espera. Sabem que não devemos adiar projetos, deixar para fazer amanhã o que poderia ser feito hoje, pois o verdadeiro vencedor é aquele que chega primeiro, que sai na frente. Sabem que o melhor competidor é o mais ágil e o mais veloz. Ayrton Senna era do signo de Áries.
O signo representa o impulso para a ação, o espírito empreendedor e de liderança, a energia agressiva bem direcionada. Representa o guerreiro que nada teme e que só se interessa em lutar com audácia e se tornar vitorioso. É também a representação do herói, que luta bravamente por um ideal, não admitindo derrotas, tendo em mente apenas a vitória.
Quando conseguimos usar corretamente essa energia, ela serve para nos abrir caminhos, nos ajudar a enfrentar os desafios, lutar pelo que desejamos e sairmos vitoriosos em todas as batalhas da vida. Porém, quando abrimos mãos dessa energia, deixando que ela se manifeste de maneira inconsciente, podemos despertar o que há de pior em nós. O instinto de sobrevivência volta a ser primitivo e manifesta-se sob a forma de violência, agressividade e rudeza, como no tempo das cavernas. Ou, então, volta-se contra nossa própria psique, transformando-se em depressão, deixando-nos sem a energia necessária até mesmo para realizar pequenas tarefas.
O ano astrológico de 2008 começou inundado pela energia de Marte, manifestando-se em seus melhores e piores aspectos. A Áries e a Marte se associa a cor vermelha, do sangue, da vida, e também da guerra. Foi justamente a China, tão orgulhosa de sua bandeira vermelha, a protagonista de episódios de violência. Ocupando o Tibete à força há mais de 50 anos, mais uma vez reagiu com violência às manifestações dos monges e das pessoas comuns que protestavam contra o seu domínio. Tudo isso no ano em que a Olimpíada, competição cujos ideais são a paz, a amizade e o bom relacionamento entre os povos, será realizada na própria China.
Ocupar um país à força, alegando sobre ele soberania histórica, ameaçando, assim, sua cultura e religião, devastando sua arquitetura e substituindo suas antigas construções por prédios gigantescos, com a desculpa de modernizar e trazer prosperidade, é um exemplo de uso negativo da energia de Marte. Isso não é um exemplo de coragem, mas de covardia disfarçada. Não é preciso agressividade para lutar, e é isso que tenta demonstrar o Dalai Lama, líder político e espiritual do Tibete, que luta pacificamente pela libertação de seu país, viajando pelo mundo, desde 1959, em busca de apoio internacional à causa da independência.
A lição a ser aprendida com Áries e Marte é a da competição saudável, da auto-superação, como nos ensinam os atletas e os esportistas, que canalizam sua energia agressiva para realizar, com seus corpos, belíssimas façanhas, transformando-se, por alguns momentos, em deuses olímpicos. E os protestos dos ativistas, em defesa dos direitos humanos, durante a cerimônia de chegada da tocha olímpica à China, demonstraram que este país não se classificou para os jogos arianos.
Fonte: Site Jornalirismo (muito bom!)
"Não pense que eu ando atrás só de belas coisas simples. Eu quero qualquer coisa, desconexa, contraditória, insegura, não tem importância, desde que seja sua. As definições redondas e grandiloqüentes, as coisas categóricas e acabadas não me satisfazem, porque eu não sou assim", escreveu Maury Gurgel Valente para Clarice Lispector. Este blog traz excertos do cotidiano, poesias, devaneios sobre relacionamentos, cinema, literatura, música... Belas coisas simples, como eu, você e a vida.
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