Aprenda a se abrir
Lançado em 1994, o filme “Pulp Fiction” traz uma cena em que os personagens de Uma Thurman e John Travolta saem para jantar. Após alguns segundos de um silêncio constrangedor, ela diz: “Poderemos nos considerar íntimos quando o silêncio entre nós não for tão desconfortável”.
Pode parecer besteira, mas desenvolver a intimidade com quem nos cerca ajuda um bocado e reflete em âmbitos pessoais e profissionais. O assunto é tema do livro “Os Sete Níveis da Intimidade”, lançado no Brasil pela editora Sextante (224 páginas, R$ 19,90). O autor, Matthew Kelly, é um australiano que roda o mundo fazendo palestras motivacionais e tem outros livros de sucesso – “O Ritmo da Vida” é um deles.
Em “Os Sete Níveis da Intimidade”, ele tenta desvincular a idéia de intimidade da de relacionamento físico e mostrar que é possível criar forte envolvimento com o outro nos níveis emocional, intelectual e espiritual. Todos diferentes e positivos.
Para isso, ele define sete níveis de intimidade e categoriza os relacionamentos, ilustrando com histórias do cotidiano o fato de que nossas relações sempre oscilam entre os sete degraus. O autor afirma que existem dois tipos de relacionamentos, o principal e os secundários. O principal, na maioria das vezes, é com o parceiro. “Essa é a sua primeira fonte e oportunidade para estabelecer intimidade”, diz.
Para ele, as pessoas solteiras normalmente têm mais relacionamentos secundários, que podem englobar as relações entre pais e filhos, irmãos, parentes, amigos, colegas de trabalho, patrão, empregados.
Segundo o autor, a chave de um relacionamento íntimo é saber que amar é uma escolha. “Sentimentos vêm e vão, e se decidirmos basear nossos relacionamentos mais importantes na maneira como nos sentimos em determinado momento, estaremos entrando em um caminho difícil. Amar é um verbo, não um substantivo. É algo que fazemos, não algo que nos acontece”, diz.
Para o autor, ao escolher amar, somos capazes de investir diariamente em nossos parceiros, filhos e amigos, e poderemos até mesmo encontrar o amor de nossos sonhos.
Kelly ensina que a busca da intimidade deve ser um esforço diário, praticado com dedicação e perseverança. Ao nos tornarmos realmente íntimos de alguém, somos capazes de revelar nossos sentimentos mais profundos e vivenciar relacionamentos maravilhosos, segundo ele.
Fonte: Bom dia Sorocaba Por: Luís Fernando Manzoli
http://www.livrariadocampus.com.br/
Tudo isso pra dizer que eu descobri, há pouco tempo, que intimidade é muito mais que dormir junto, pegar um cinema e saber o que o outro gosta de fazer e comer. O processo funciona de dentro pra fora: você tem que permitir que a outra pessoa entre na sua vida. Enquanto a porta estiver fechada, ninguém entra, ninguém sai. O medo (da rejeição, da perda, da intimidade) impede que você se abra e conheça a pessoa por inteiro. E com isso o relacionamento vai até um determinado limite. Pode estar tudo lindo, mas de repente vem o medo e pronto, você acaba abdicando de um relacionamento bacana que tinha chances reais de dar certo. Sim, estamos trabalhando fortemente para mudar isso. Sobre o livro, descobri-o outro dia numa livraria, me pareceu bem interessante. Depois que terminar os 4 que tenho em casa, quem sabe. Fica a dica.
"Não pense que eu ando atrás só de belas coisas simples. Eu quero qualquer coisa, desconexa, contraditória, insegura, não tem importância, desde que seja sua. As definições redondas e grandiloqüentes, as coisas categóricas e acabadas não me satisfazem, porque eu não sou assim", escreveu Maury Gurgel Valente para Clarice Lispector. Este blog traz excertos do cotidiano, poesias, devaneios sobre relacionamentos, cinema, literatura, música... Belas coisas simples, como eu, você e a vida.
Um comentário:
Esse livro é maravilhoso, associado a O RITMO DA VIDA, mudou minha concepção de felicidade. Por isso o tenho dado de presente a todos os casais que conheço que noivam ou casam-se. Sinceramente, quem não viver o que está descrito no livro, jamais saberá o que realmente é um Relacionamento...
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