quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

intimidade é tudo

Aprenda a se abrir

Lançado em 1994, o filme “Pulp Fiction” traz uma cena em que os personagens de Uma Thurman e John Travolta saem para jantar. Após alguns segundos de um silêncio constrangedor, ela diz: “Poderemos nos considerar íntimos quando o silêncio entre nós não for tão desconfortável”.

Pode parecer besteira, mas desenvolver a intimidade com quem nos cerca ajuda um bocado e reflete em âmbitos pessoais e profissionais. O assunto é tema do livro “Os Sete Níveis da Intimidade”, lançado no Brasil pela editora Sextante (224 páginas, R$ 19,90). O autor, Matthew Kelly, é um australiano que roda o mundo fazendo palestras motivacionais e tem outros livros de sucesso – “O Ritmo da Vida” é um deles.

Em “Os Sete Níveis da Intimidade”, ele tenta desvincular a idéia de intimidade da de relacionamento físico e mostrar que é possível criar forte envolvimento com o outro nos níveis emocional, intelectual e espiritual. Todos diferentes e positivos.

Para isso, ele define sete níveis de intimidade e categoriza os relacionamentos, ilustrando com histórias do cotidiano o fato de que nossas relações sempre oscilam entre os sete degraus. O autor afirma que existem dois tipos de relacionamentos, o principal e os secundários. O principal, na maioria das vezes, é com o parceiro. “Essa é a sua primeira fonte e oportunidade para estabelecer intimidade”, diz.

Para ele, as pessoas solteiras normalmente têm mais relacionamentos secundários, que podem englobar as relações entre pais e filhos, irmãos, parentes, amigos, colegas de trabalho, patrão, empregados.

Segundo o autor, a chave de um relacionamento íntimo é saber que amar é uma escolha. “Sentimentos vêm e vão, e se decidirmos basear nossos relacionamentos mais importantes na maneira como nos sentimos em determinado momento, estaremos entrando em um caminho difícil. Amar é um verbo, não um substantivo. É algo que fazemos, não algo que nos acontece”, diz.

Para o autor, ao escolher amar, somos capazes de investir diariamente em nossos parceiros, filhos e amigos, e poderemos até mesmo encontrar o amor de nossos sonhos.

Kelly ensina que a busca da intimidade deve ser um esforço diário, praticado com dedicação e perseverança. Ao nos tornarmos realmente íntimos de alguém, somos capazes de revelar nossos sentimentos mais profundos e vivenciar relacionamentos maravilhosos, segundo ele.

Fonte: Bom dia Sorocaba Por: Luís Fernando Manzoli
http://www.livrariadocampus.com.br/

Tudo isso pra dizer que eu descobri, há pouco tempo, que intimidade é muito mais que dormir junto, pegar um cinema e saber o que o outro gosta de fazer e comer. O processo funciona de dentro pra fora: você tem que permitir que a outra pessoa entre na sua vida. Enquanto a porta estiver fechada, ninguém entra, ninguém sai. O medo (da rejeição, da perda, da intimidade) impede que você se abra e conheça a pessoa por inteiro. E com isso o relacionamento vai até um determinado limite. Pode estar tudo lindo, mas de repente vem o medo e pronto, você acaba abdicando de um relacionamento bacana que tinha chances reais de dar certo. Sim, estamos trabalhando fortemente para mudar isso. Sobre o livro, descobri-o outro dia numa livraria, me pareceu bem interessante. Depois que terminar os 4 que tenho em casa, quem sabe. Fica a dica.

Um comentário:

Anônimo disse...

Esse livro é maravilhoso, associado a O RITMO DA VIDA, mudou minha concepção de felicidade. Por isso o tenho dado de presente a todos os casais que conheço que noivam ou casam-se. Sinceramente, quem não viver o que está descrito no livro, jamais saberá o que realmente é um Relacionamento...