sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

leve pulsar de dentro

Quase de nada místico

Não, não deve ser nada este pulsar
de dentro: só um lento desejo
de dançar. E nem deve ter grande
significado este vapor dourado,
e invisível a olhares alheios:
só um pólen a meio, como de abelha
à espera de voar. E não é com certeza
relevante este brilhante aqui:
poeira de diamante que encontrei
pelo verso e por acaso, poema
muito breve e muito raso,
que (aproveitando) trago para ti.

Ana Luísa Amaral

Vale finalizar com o que a Bluma Wainer escreveu à amiga Clarice Lispector: "Encantada com sua alegria, com seu descobrimento de novas portas e sua curiosidade de atravessá-las. Isto é vida, e vida é tudo que se necessita."

É isso. A "estranha mania de ter fé na vida" segue firme e forte por aqui, ainda mais numa sexta-feira. Bom final de semana!

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