terça-feira, 15 de março de 2011

sobre a falta.

A vida segue boa, mas há dias estranhos e cinzentos, como hoje, em que eu gostaria muito de apenas me aproximar daqueles que amo e receber um leve afago, uma pequena e insubstituível porção de afeto, quase assim:

"Há dia, sabes, em que gostaria de ser como o gato e que me tocasses sem desejar encontrar quaisquer sentimentos a não ser o que se exprime num espreguiçar muito lento - um vago agradecimento? - e que depois me deixasses deitado no sofá sem que nada pudesses levar da minha alma, pois nem saberias o que dela roubar."


Pedro Paixão - do conto "Assinar a Pele"

2 comentários:

Felicidade Clandestina disse...

Há dias me sinto assim...

Cynthia Gonçalves disse...

Vem cá que te abraço, faço cafuné e digo que és uma amiga muito querida!