A vida segue boa, mas há dias estranhos e cinzentos, como hoje, em que eu gostaria muito de apenas me aproximar daqueles que amo e receber um leve afago, uma pequena e insubstituível porção de afeto, quase assim:
"Há dia, sabes, em que gostaria de ser como o gato e que me tocasses sem desejar encontrar quaisquer sentimentos a não ser o que se exprime num espreguiçar muito lento - um vago agradecimento? - e que depois me deixasses deitado no sofá sem que nada pudesses levar da minha alma, pois nem saberias o que dela roubar."
Pedro Paixão - do conto "Assinar a Pele"
"Não pense que eu ando atrás só de belas coisas simples. Eu quero qualquer coisa, desconexa, contraditória, insegura, não tem importância, desde que seja sua. As definições redondas e grandiloqüentes, as coisas categóricas e acabadas não me satisfazem, porque eu não sou assim", escreveu Maury Gurgel Valente para Clarice Lispector. Este blog traz excertos do cotidiano, poesias, devaneios sobre relacionamentos, cinema, literatura, música... Belas coisas simples, como eu, você e a vida.
2 comentários:
Há dias me sinto assim...
Vem cá que te abraço, faço cafuné e digo que és uma amiga muito querida!
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