Estou lá onde me invento e me faço:
De giz é meu traço. De aço, o papel.
Esboço uma face a régua e compasso:
É falsa. Desfaço o que fiz.
Retraço o retrato. Evoco o abstrato
Faço da sombra minha raiz.
Farta de mim, afasto-me
e constato: na arte ou na vida,
em carne, osso, lápis ou giz
onde estou não é sempre
e o que sou é por um triz.
Maria Esther Maciel
"Não pense que eu ando atrás só de belas coisas simples. Eu quero qualquer coisa, desconexa, contraditória, insegura, não tem importância, desde que seja sua. As definições redondas e grandiloqüentes, as coisas categóricas e acabadas não me satisfazem, porque eu não sou assim", escreveu Maury Gurgel Valente para Clarice Lispector. Este blog traz excertos do cotidiano, poesias, devaneios sobre relacionamentos, cinema, literatura, música... Belas coisas simples, como eu, você e a vida.
4 comentários:
tudo muda, nada é definitivo. bonito e verdadeiro isso. gostei!!
Faísca de destino que também me traduz Camila. Lindo lindo!
Que bonito! Mocinha...qto tempo faz que não apareço aqui? Duas vidas? Sinto falta de ler esses textos tão bem escolhidos.
Bjs, querida.
PS.: Eu tbm estaria trabalhando na época da FLIP, mas tirei parte das férias que tenho na casa. ;)
Oi, Camila!
Eu sou muito fã da Maria Esther, e este é um dos meus poemas favoritos... Ela é uma escritora excepcional!
Muito obrigada pela visita...
Volte sempre!!
Abraços!
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