O prêmio literário da Fundação Biblioteca Nacional foi para um ilustre desconhecido: Daniel Lima, de 95 anos, de Pernambuco. Viva! :-)
Abaixo, um poema dele:
(sem título)
Nada será jogado no vazio.
Nem mesmo o vazio da vida, porque é vida.
Nem mesmo o gesto inútil, pois-que é gesto.
Nem mesmo o que não chegou a realizar-se, pois-que é possível.
Nem mesmo ainda o que jamais se realizará, porque é promessa.
E o próprio impossível é vontade absurda de existir. E nisso existe.
"Não pense que eu ando atrás só de belas coisas simples. Eu quero qualquer coisa, desconexa, contraditória, insegura, não tem importância, desde que seja sua. As definições redondas e grandiloqüentes, as coisas categóricas e acabadas não me satisfazem, porque eu não sou assim", escreveu Maury Gurgel Valente para Clarice Lispector. Este blog traz excertos do cotidiano, poesias, devaneios sobre relacionamentos, cinema, literatura, música... Belas coisas simples, como eu, você e a vida.
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